22 de fevereiro de 2012

A penitência da Quaresma

Desde o início do Cristianismo a Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, com o objetivo de se chegar à conversão. Ela nos faz lembrar as palavras de Jesus: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3). Se não deixarmos o pecado, não poderemos ter a vida eterna em Deus; logo, a atividade mais importante é a nossa conversão, renunciar ao pecado.

Nada é pior do que o pecado para a vida do homem, da Igreja e do mundo, ensina a Igreja; por isso Cristo veio, exatamente, “para tirar pecado do mundo” (cf. Jo 1, 29). Ele é o Cordeiro de Deus imolado para isso.

São Paulo insistia: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20); “exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.” (2 Cor 6, 1-2).

A Quaresma nos oferece, então, esse “tempo favorável” para se deixar o pecado e voltar para Deus. E para isto fazemos penitência. O seu objetivo não é nos fazer sofrer ou privar de algo que nos agrada, mas ser um meio de purificação de nossa alma. Sabemos o que devemos fazer e como viver para agradar a Deus, mas somos fracos; a penitência é feitar para nos dar forças espirituais na luta contra o pecado.

A melhor Penitência, sem dúvida, é a do Sacramento que tem esse nome. Jesus instituiu a Confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: “a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados”. Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.

Além do Sacramento da Confissão) a Igreja nos oferece outras penitências que nos ajudam a buscar a santidade: sobretudo o que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6,1-8), “o jejum, a esmola e a oração”, que a Igreja chama de “remédios contra o pecado”.

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Vencemos o pecado praticando a virtude oposta a ele. Assim, para vencer o orgulho, devemos viver a humildade; para vencer a ganância devemos dar esmolas; para vencer a impureza, praticar a castidade; para vencer a gula, jejuar; para vencer a ira, aprender a perdoar; para vencer a inveja, ser bom; para vencer a preguiça, levantar-se e ajudar os outros. Essas são boas penitências para a Quaresma.

Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm com objetivo livrar-nos do pecado. O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, (gula, ira, inveja, soberba, ganância. luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta.

A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi e se vos dará” (Mt 7,7). E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17).

A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9).

“A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados” (Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” (Eclo 29,15).

Então, cada um deve fazer ma Quaresma um “programa” espiritual: fazer o jejum que consegue (cada um é diferente do outro); pode ser parcial ou total. Pode, por exemplo, deixar de ver a TV, deixar de ir a uma festa, uma diversão, não comer uma comida que gosta ou uma bebida; não dizer uma palavra no momento de raiva ou contrariedade, não falar de si mesmo, dar a vez aos outros na igreja, na fila, no ônibus; ser manso e atencioso com os outros, perdoar a todos, dormir um pouco menos, rezar mais, ir á Missa durante da semana… Enfim, há mil maneiras de fazer boas penitências que nos ajudam a fortalecer o espírito para que ele não fique sufocado e esmagado pelo corpo e pela matéria.

A penitência não é um fim em si mesma; é um meio de purificação e santificação; por isso deve ser feita com alegria.

Prof. Felipe Aquino


14 de fevereiro de 2012

SOU TUDO.... MENOS PROFESSOR... MAS O SOU!


SOU UM PROFESSOR QUE PENSA...http://tracking.technodesignip.com/?action=count&projectid=642&contentid=14946&referrer=-&urlaction=...
Pensa em sair correndo toda vez que é convocado para uma reunião,
que certamente o responsabilizará mais uma vez, pelo insucesso do aluno.
SOU UM PROFESSOR QUE LUTA...
Luta dentro da sala de aula, com os alunos, para que eles não matem uns aos outros.
Que luta contra seus próprios princípios de educação, ética e moral.
SOU UM PROFESSOR QUE COMPREENDE....
Compreende que não vale a pena lutar contra as regras do sistema, ele é sempre o lado mais forte.
SOU UM PROFESSOR QUE CRITICA...
Critica a si mesmo por estar fazendo o papel de vários outros profissionais como:
psicólogo,
médico,
assistente social,
mas não consegue fazer o próprio papel que é o de ensinar.
SOU UM PROFESSOR QUE TEM ESPERANÇA...
E espera que a qualquer momento chegue um "estranho" que nunca entrou em uma sala de aula,
impondo o modo de ensinar e avaliar.
SOU UM PROFESSOR QUESONHA...
SONHA COM UM ALUNOINTERESSADO,
SONHA COM PAIS RESPONSÁVEIS,
SONHA COM UM SALÁRIO MELHOR,
UM MUNDO MELHOR.
ENFIM, SOU UM PROFESSOR QUE REPRESENTA...
Representa a classe mais desprestigiada e discriminada,
e que é incentivada a trabalhar só pelo amor à profissão.
Representa um palhaço para os alunos.
Representa o fantoche nas mãos do sistema
concordando com as falsas metodologias de ensino.
E esse professor, que não sou eu mesmo,
mas é uma outra pessoa, representa tão bem,
que só não trabalha como ator, porque já é PROFESSOR
e não dá para conciliar as duas coisas.